sexta-feira, 7 de maio de 2010

Investimentos em ferrovias no Sul

Abandonadas nos anos 60 e 70 para dar lugar a uma política prioritariamente rodoviarista, as ferrovias terão no Brasil, até a próxima década, uma grande ascensão, com a retomada de investimentos. É no que acredita o deputado federal Professor Ruy Pauletti (PSDB/RS), que elaborou quatro projetos de lei para promover a ampliação do transporte ferroviário na região Sul.
Ao contrário do Norte e Nordeste, para onde o governo Federal, equivocada ou deliberadamente, concentrou a aplicação de recursos na malha férrea - com a implantação da chamada ferrovia Norte-Sul -, os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não foram contemplados com verbas nesse eixo, que inicia em Belém, no Pará, e no porto de Itaqui, no Maranhão, com ramificações para o Acre, Bahia, Minas Gerais, Goiânia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e, pela proposta original, termina em Panorama, São Paulo.

O projeto de lei número 5479/2009, elaborado pelo parlamentar e aprovado por unanimidade na Comissão de Viação e Transporte da Câmara Federal, estende a Norte-Sul de Panorama ao porto de Rio Grande, ampliando sua linha de 2.760 para 4.475 quilômetros. Ao longo de seu trajeto até o Sul do Brasil, terá, no RS, interligações com municípios onde já há malha férrea implantada (mas não utilizada), para o transporte de cargas. Para isto, há outro PL de Pauletti, de número 5479/2009, que propõe a ligação Caxias do Sul a Bento Gonçalves, Roca Sales e Colinas ao porto de Estrela, encontrando, ali, a ferrovia Norte-Sul.

Já com o projeto de lei número 6914/2010, o parlamentar propõe uma linha férrea com pontos de passagem em Ijuí, Palmeira das Missões, Três Passos, Chapecó, Pato Branco e Porto União, com 697 quilômetros de extensão, beneficiando a região noroeste dos três Estados do Sul. Por fim, o PL 6915/2010 desenha uma linha férrea de 199 km, ampliando o trecho de Santa Rosa até Três Passos, passando por Três de Maio, Boa Vista do Buricá, Sede Nova e Humaitá, na região Celeiro gaúcha.

Isto vai alavancar o desenvolvimento de regiões industriais e agrícolas, tornando a exportação de produtos mais competitiva, com a maior facilidade de escoamento, mais economia de tempo e combustível e menor desgaste das rodovias. Inobstante, no entorno das linhas férreas haverá crescimento sócio-econômico, gerando mais empregos nos municípios abrangidos pela ferrovia.

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